O conceito Data-Driven Marketing nada mais é do que o próprio nome diz, marketing orientado a dados. O marketing com cultura Data-Driven tem os dados como principal apoio para direcionar suas ações, tomar decisões e mensurar o retorno sobre o investimento (ROI).
O Data-Driven Marketing utiliza não somente os dados superficiais do marketing digital, como também dados mais complexos e não estruturados, como por exemplo, o comportamento do consumidor.
O objetivo deste artigo é explorar o conceito de Data-Driven Marketing, mostrando a sua importância, o que mudou com a chegada dessa metodologia, quais são suas principais vantagens e o que você deve fazer para começar com essa prática na sua empresa.
Qual é o objetivo do Data-Driven Marketing?
O Data-Driven Marketing faz com que o investimento em marketing das empresas seja totalmente otimizado e obtenha aproveitamento máximo, por exemplo, se os dados dizem que um canal de divulgação não funciona para uma determinada empresa, então essa empresa não irá mais investir nesse canal. Ou então tomará alguma atitude para mudar a estratégia e testar novamente.
O objetivo do Data-Driven Marketing é eliminar o “achismo” ainda existente no marketing de muitas empresas (e até mesmo agências), coletando dados das mais diversas fontes e utilizando-os como um guia para tomadas de decisão em seu plano de ação.
O que mudou com o Data-Driven Marketing?
Desde a popularização do marketing digital já se fala muito em mensuração e análise de dados, mas então o que mudou com a chegada do Data-Driven Marketing?
No marketing digital convencional, as análises realizadas são chamadas de análises diagnósticas, ou seja, trata-se de analisar dados do passado para avaliar o impacto que campanhas específicas causaram após a execução da ação.
Já o Data-Driven Marketing vai mais longe. Além das análises diagnósticas, que são essenciais para avaliar qualquer ação, também abrange análises preditivas, que são análises orientadas a dados internos e externos totalmente focadas em obter insights, prever cenários futuros e tomar decisões em tempo hábil, caso necessário.
Outro ponto muito importante quando falamos de Data-Driven Marketing é que o consumidor sempre se mantém como centro da estratégia. As ações são muito mais direcionadas e as mensagens entregues são extremamente relevantes e personalizadas, desenvolvendo a melhor experiência do cliente, ou Customer Experience (CX).
Data-Driven Marketing e a experiência do consumidor
Até 2020, espera-se que toda a jornada e experiência do cliente, ou Customer Experience (CX), seja 100% gerenciada pelos diretores de marketing (CMOs), e para isso acontecer, será necessário um maior entendimento, monitoramento e gestão dos dados, que só tendem a crescer a cada dia.
Quando temos dados detalhados sobre o consumidor, não apenas seus dados demográficos, mas principalmente dados sobre seu comportamento em tempo real, conseguimos guiá-lo em sua jornada, fazendo com que passem exatamente pelo caminho que traçamos no planejamento.
Com isso, a estratégia se torna mais eficiente e vantajosa para a empresa, que não perde tempo nem dinheiro impactando pessoas erradas ou pessoas certas na hora errada. E também fica muito mais interessante para o consumidor, que recebe um tipo de “tratamento especial” com mensagens personalizadas na hora certa dentro de cada etapa na jornada de compra.
Data-Driven Marketing pode aumentar o ROI?
Muitos profissionais de marketing ainda se perguntam como os dados, ou o Data-Driven Marketing, podem realmente impactar de forma positiva o ROI (Return On Investment) da empresa como um todo.
E a resposta para essa pergunta é que sim, o marketing orientado a dados aumenta o ROI das ações de marketing. De acordo com uma pesquisa da Certain, as empresas que implementaram Data-Driven Marketing em sua estratégia perceberam uma melhoria de 10% a 20% em seu ROI.
Isso acontece porque uma campanha baseada em Data-Driven Marketing é mais segmentada, customizada para as dores e necessidades do usuário, fazendo com que o budget não seja desperdiçado tentando impactar pessoas desqualificadas, ou até mesmo qualificadas, mas que não estão no momento de compra.
Quais são as vantagens de aplicar Data-Driven Marketing?
Os dados podem ser o ativo mais valioso para o marketing. Nos dias atuais, podemos dizer que o Data-Driven Marketing não é uma opção, mas sim uma questão de sobrevivência. Uma obrigação que as empresas têm para se destacar no mercado entre tantos concorrentes.
As empresas devem deixar de lado o achismo e a vaidade para oferecer experiências e soluções realmente diferenciadas que atendem e superam as expectativas do usuário ou consumidor, e isso só se faz de uma forma: entendendo a jornada e o comportamento do consumidor com base em dados.
Não é difícil perceber que o Data-Driven Marketing pode trazer inúmeros benefícios para qualquer empresa, em qualquer área de atuação. Mas resumindo, listamos abaixo as principais vantagens que sua empresa pode obter praticando o marketing orientado a dados:
- Qualquer tomada de decisão é baseada em dados, sem achismo.
- Segmentação altamente customizada.
- Visibilidade geral do funil de vendas.
- Otimização contínua da experiência do consumidor, ou Customer Experience (CX).
- Melhores insights para prever cenários futuros.
- Criação de campanhas e experiências totalmente personalizadas.
- Mais informações e conhecimento sobre a concorrência.
- Melhoria nas taxas de conversão dos canais de marketing específicos.
- Conhecimento maior sobre quem é e onde está o consumidor.
- Maior facilidade de aumento da receita com up-selling e cross-selling.
- Melhoria constante da estratégia geral de marketing.
Como preparar sua empresa para praticar o Data-Driven Marketing
1. Identifique os KPIs: O primeiro passo para uma empresa começar a implementar a cultura Data-Driven Marketing é definir os KPIs (Key Performance Indicators) que deverão ser acompanhados. Ou seja, identificar quais são os pontos que identificam o desempenho da empresa com um todo, de um departamento, ou até mesmo de uma ação isolada.
Alguns exemplos de KPI são: Taxa de Conversão, CAC (Customer Acquisition Cost, ou Custo de Aquisição de Clientes), Churn, LTV (Customer Lifetime Value, ou Ciclo de Vida do Cliente), entre muitos outros.
2. Defina as fontes de dados: Com a consciência de quais são os KPIs, o segundo passo é saber onde encontrar esses dados. Grande parte dos dados podem estar dentro da própria empresa, como no CRM ou no sistema financeiro, por exemplo.
Também existem diversas ferramentas de análise disponíveis que apresentam dados relevantes, algumas até mesmo gratuitas, como o Google Analytics. Confira uma lista completa de ferramentas para análise em nosso artigo sobre ferramentas gratuitas de marketing digital.
Para casos onde é necessária a integração e cruzamento de dados para acompanhar KPIs mais complexos, uma ótima opção é implementar ferramentas de BI (Business Intelligence) para obter melhores insights.
3. Monitore e otimize: Com as KPIs e os dados em mãos, já podemos monitorar os números, fazer testes e acompanhar os efeitos surtidos por cada ação realizada no marketing (ou em qualquer área monitorada).
Dica: Nunca se esqueça de manter um registro dos resultados que cada teste apresentou. É muito importante que o analista tenha um histórico para saber o que já foi feito, o que deu certo e o que não foi tão legal assim. Dessa forma a equipe não perde tempo realizando ações que já foram testadas, focando somente em ações que já comprovaram resultado positivo.